O líder do PSD não percebe porque Marcelo Rebelo de Sousa se sente excluído da corrida presidencial de 2016 e garantiu que o partido não definiu o candidato que vai apoiar.
Após o comentador ter entendido que Passos Coelho o excluiu de uma possível candidatura a Belém ao definir o perfil do candidato na moção de estratégia social-democrata, o também primeiro-ministro disse estar «bastante surpreendido» com esta afirmação.
«Como vem bem expresso na moção o meu entendimento é que uma candidatura à Presidência da República deve partir da vontade do próprio candidato e não deve resultar de uma decisão partidária», sublinhou.
À margem da inauguração de um complexo farmacêutico em Tondela, Passos Coelho explicou que a «moção tinha de traçar um perfil genérico porque este é o último congresso que teremos antes das eleições presidenciais».
«Mas, qualquer decisão só pode ocorrer bastante mais tarde e, portanto, não quero antecipar para janeiro de 2014 a discussão sobre quem é o candidato quando ainda sequer não há candidatos», sublinhou.
Passos Coelho aproveitou ainda para dizer que o perfil traçado foi «muito em torno daquilo que tem sido o entendimento demonstrado pelo atual chefe de Estado no exercício das suas funções».
«Não sendo o protótipo típico daquilo que tem de ser o Presidente da República é o referencial do que mais se aproxima do entendimento que temos do que deve ser o Presidente da República e julgo que isto não ofende nem exclui ninguém», frisou.