Paulo Morais critica eleições transformadas em «concursos» entre «o maior mentiroso»

O antigo vereador da câmara do Porto formalizou este sábado a candidatura à Presidência da República. Paulo Morais considera que só uma intervenção do Presidente da República pode desencadear um processo de regeneração num país em que «o exercício da política está nas ruas da amargura».

O candidato à presidência da República, Paulo Morais, afirmou hoje que as eleições se transformaram em «concursos para a escolha do maior mentiroso», garantindo que se for eleito demitirá o Governo que não cumpra as promessas eleitorais.

«Os partidos do poder transformaram os processos eleitorais em circos de sedução em que acaba por ganhar quem é mais eficaz a enganar os cidadãos. As eleições transformaram-se assim em concursos para a escolha do maior mentiroso. E o troféu em jogo neste concurso é a chefia do Governo», disse o candidato.

Paulo Morais, que foi, de 2002 a 2005, vice-presidente da câmara do Porto durante o mandato de Rui Rio (PSD), falava, no emblemático café Piolho, no Porto, na apresentação da sua candidatura a Belém, tendo apontado como prioridades o combate à corrupção, a transparência das contas públicas e pugnar pelos princípios constitucionais que, afirmou, «tem vindo a ser violados».

Num discurso em que não poupou o atual Governo, nem mesmo os antecessores do executivo PSD/CDS-PP, Paulo Morais relatou medidas anunciadas em campanha eleitoral que diz não terem sido depois concretizadas durante os mandatos.

O candidato acusou também o "parceiro" dos sociais-democratas de «mentira» - "o CDS-PP defendia a diminuição da carga fiscal até chegar ao Governo e se tornar o maior cúmplice do seu agravamento" - para recuar até José Sócrates (PS) e Durão Barroso (PSD).

O professor universitário defendeu que um presidente da República «não poderá pactuar» com «atos demagógicos e populistas de quem tudo promete e nada cumpre».

«Sendo eu presidente, o primeiro-ministro que faça o contrário do que anunciou, violando o compromisso eleitoral com o povo, de mim só pode esperar uma atitude: obviamente demito-o», garantiu.

Além de Paulo Morais, às eleições presidenciais marcadas para janeiro de 2016, já anunciaram ser candidatos Henrique Neto, Paulo Freitas do Amaral e Orlando Cruz.

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