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O PCP considerou, esta quinta-feira, "gravíssimo" os dados que indicam a existência de casos de racismo e xenofobia de forças da autoridade nas redes sociais.
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Os comunistas afirmam que não confundem "todos os polícias com esses que só mancham a farda que envergam", destacando que "a investigação foi possível porque houve polícias que, não se revendo em tais conceções, colaboraram nessa investigação" e acrescentam que "uma investigação jornalística fez aquilo que as Instituições respetivas não fizeram".
Para o partido, "é fundamental" que o resultado do inquérito aberto pelo Ministério da Administração Interna "seja célere" e que "sejam adotadas medidas no plano da seleção, formação e enquadramento operacional".
Assim, os comunistas esperam que se previna "o desenvolvimento de tais conceções dentro de Instituições que têm por missão a defesa da legalidade democrática em respeito pelos valores e princípios constitucionais".
Um consórcio de jornalistas de investigação divulgou na quarta-feira uma reportagem de Pedro Coelho, Filipe Teles, Cláudia Marques Santos e Paulo Pena, na SIC, no Setenta e Quatro, no Expresso e no Público, que mostra que as redes sociais são usadas para fazer o que a lei e os regulamentos internos proíbem, com base em mais de três mil publicações de militares da GNR e agentes da PSP, nos últimos anos.
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No trabalho são apresentados diversos casos de publicações com teor racista, xenófobo e discriminatório. Segundo a investigação, todos os agentes e militares da PSP e da GNR que escreveram as frases em causa nas redes sociais estão no ativo.
Depois da reportagem, o gabinete do ministro da Administração Interna anunciou que foi determinado à IGAI "a abertura de inquérito, imediato, para apuramento da veracidade dos indícios contidos nas notícias".
A PSP também já anunciou que vai participar às autoridades judiciais os indícios revelados nesta reportagem.