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O PCP, pelo dirigente Jorge Pires, defende que a atual secretária de Estado do Tesouro "não devia ter recebido" o dinheiro da TAP para a indemnizar pela saída da empresa.
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Em declarações à TSF sobre o caso que envolve um pagamento de 500 mil euros à atual governante", Jorge Pires alertou que, se não forem tomadas medidas, "vamos continuar a ter a saída de gestores destes grupos com indemnizações milionárias".
O comunista defende que a questão tem de ser analisada "do ponto de vista ético e do ponto de vista moral", refutando as "justificações do ponto de vista legal" dadas por Alexandra Reis.
Ouça as declarações de Jorge Pires.
Esta tarde, a secretária de Estado garantiu que nunca aceitou, e que devolveria "de imediato" caso lhe tivesse sido paga, qualquer quantia que acreditasse não estar no "estrito cumprimento da lei" na sua saída da TAP.
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Jorge Pires nota que Alexandra Reis saiu "de uma empresa pública, mas não se sabe muito bem se ela saiu por vontade própria ou foi convidada a sair, porque já se ouviu dizer as duas coisas" e, "passados quatro meses, foi nomeada presidente de uma outra empresa pública, a NAV", saindo então desta última para o Governo.
Perante este percurso, o dirigente comunista assinala que o Governo "conhecia certamente, porque é impossível não conhecer, este histórico e a evolução" da situação, sendo por isso responsável por permiti-lo.
"Agora, [Alexandra Reis] vir dizer que devolve o dinheiro se não estiver no quadro estritamente legal, é uma questão que tem de decidir. Não devia era ter recebido o dinheiro, essa é que é a grande questão", assevera.
Os dados já conhecidos não deixam o PCP esclarecido, pelo que o partido vai chamar os ministros Fernando Medina e Pedro Nuno Santos ao Parlamento.