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O PCP considerou esta quinta-feira que o aumento das portagens em 2023 "é completamente injustificado" e que o Governo está a possibilitar às concessionárias "um aumento que é o maior dos últimos 20 anos".
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"A decisão hoje anunciada significa realmente que o Governo garante às concessionárias das portagens um aumento que é o maior dos últimos 20 anos", sustentou o deputado comunista Bruno Dias, numa breve declaração aos jornalistas no parlamento.
As portagens vão aumentar 4,9% a partir de janeiro, anunciou hoje o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, no final de uma reunião do Conselho de Ministros.
"Era para nós claro que um aumento de 9,5% e 10,5% era insuportável, mas também há contratos e responsabilidades (...) e tentámos encontrar uma solução equilibrada que permitisse um aumento menor", disse o governante.
Assim, a partir de 1 de janeiro, as taxas de portagens terão um aumento que será 4,9% a ser suportado pelos utilizadores. Acima deste valor, precisou o ministro, "2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até 9,5% ou 10,5%, será suportado pelas concessionárias".
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Bruno Dias advogou que ainda assim o aumento "é completamente injustificado", até porque os "custos operacionais destas empresas não justificam esse aumento que vão encaixar a partir" de 1 de janeiro.
O dirigente do partido acrescentou que se trata de um "encargo inaceitável, por mais que o Governo diga o contrário".
Na ótica do PCP, "é preciso travar o aumento das portagens", assegurar que não vão além do que foi registado no último ano e acabar com o negócio "ruinoso" das Parcerias Público-Privadas rodoviárias.