Forças de segurança. PCP pede audição urgente de MAI, IGAI e DCIAP sobre mensagens de ódio

Partido defende ser necessário ouvir "esclarecimentos" das entidades responsáveis, apesar do inquérito já aberto pela Inspeção Geral da Administração Interna.

O PCP pediu esta quinta-feira a audição urgente do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, da inspetora-geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, e do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no Parlamento sobre o "envolvimento de elementos da PSP e da GNR em práticas violadoras dos valores constitucionais que expressam incitamento à violência e a comportamento de ódio racista e xenófobo".

Num comunicado enviado às redações, os comunistas escrevem que, apesar de estar aberto um processo de averiguações por parte do Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), é importante "ouvir as entidades com responsabilidade sobre esta área" e esclarecer medidas que "assegurem a defesa da legalidade democrática em respeito pelos valores consagrados na Constituição da República".

O partido quer "os esclarecimentos convenientes" sobre o sucedido, referindo-se ao trabalho de um consórcio de jornalistas de investigação que divulgou, esta quarta-feira, uma reportagem de Pedro Coelho, Filipe Teles, Cláudia Marques Santos e Paulo Pena na SIC, no Setenta e Quatro, no Expresso e no Público, que mostra que as redes sociais são usadas para fazer o que a lei e os regulamentos internos proíbem, com base em mais de três mil publicações de militares da GNR e agentes da PSP, nos últimos anos.

Após a divulgação do trabalho jornalístico, o Governo anunciou que a IGAI Interna vai abrir um inquérito a este caso das publicações nas redes sociais, por agentes das forças de segurança, que alegadamente incitam ao ódio e à violência.

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