PCP promete luta perante maioria absoluta e voto contra deputado do Chega como vice-presidente da AR

Secretário-geral do PCP acredita que não será uma maioria absoluta a silenciar o partido.

Jerónimo de Sousa anunciou, esta quarta-feira, um comício previsto para 6 de março (data comemorativa de aniversário do partido), no Campo Pequeno, para desenvolver uma "luta de massas" com o objetivo de combater "movimentos reacionários".

O secretário-geral do PCP encara os défices estruturais da economia e os vínculos laborais marcados pela precariedade e acredita que não será uma maioria absoluta a calar a luta pública contra estes problemas.

"[Os problemas] poderão ser silenciados, admito, mas não serão escondidos. Não se apagaram com o resultado das eleições", garante Jerónimo de Sousa.

O líder comunista garante que o que for positivo merecerá o apoio do PCP e o que for negativo merecerá voto contra dos comunistas. Quando foi questionado pelos jornalistas sobre a convergência com António Costa, com quem ainda não falou, respondeu: "Casamentos e batizados, não basta ser convidado."

Já sobre a possibilidade de travar a eleição de um deputado do Chega para vice-presidente da Assembleia da República, Jerónimo foi claro: "Não será com os votos do PCP que o Chega terá esse lugar institucional."

Prevê-se que os quatro maiores grupos parlamentares indiquem vice-presidentes para o Parlamento, que irão a votos e precisarão de aprovação da maioria absoluta de deputados.

Resultado eleitoral "aquém do trabalho realizado"

Depois de acusar também o PS de não dar resposta aos problemas do país, cedendo aos grandes interesses económicos e financeiros que "reclamavam a rotura de qualquer situação de convergência com o PCP e a CDU", Jerónimo de Sousa admite que o resultado do partido nestas eleições legislativas ficou aquém.

"A descarada ação do PS de se apropriar dos alcances dos últimos anos, que resultaram da insistência da CDU. O resultado obtido pela CDU traduz uma quebra eleitoral, com significativa perda de deputados. Um resultado que fica aquém do trabalho realizado", admitiu.

No entanto, o secretário-geral do PCP acredita numa "intervenção qualificada" no Parlamento, apesar da redução da representação na AR.

"Vai ser uma carga de trabalhos com que estes seis deputados serão confrontados. Usaremos os votos que o povo português nos atribuiu", acrescentou.

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