Portas assegura que estará atento a esclarecimentos de Cavaco

O líder do CDS-PP assegurou que vai estar atento aos esclarecimentos que o Presidente da República vai pedir por causa das alegadas escutas no Palácio de Belém. O secretário-geral do PCP defendeu que o caso deve ser investigado pelo Ministério Público, ao passo que o Bloco de Esquerda gostaria de ver a questão rapidamente esclarecida.

O presidente do CDS-PP garantiu que vai estar atentos aos esclarecimentos que o Presidente da República vai pedir logo após as eleições a propósito das alegadas escutas no Palácio de Belém, um assunto que considera ser muito grave.

«A possível violação da privacidade de um jornalista é um assunto muito sério. Não vou tratar disso no quadro de uma campanha eleitoral, mas vou estar muito atento às informações que o chefe de Estado já afirmou que vai solicitar a propósito de matérias de segurança», acrescentou Paulo Portas.

Por seu lado, o secretário-geral do PCP defendeu que este caso deve ser investigado pelo Ministério Público e considerou que este é mais um caso em que os serviços secretos «estão governamentalizados», o que para si é a «questão central».

«Tendo em conta a publicação de documentação e na perspectiva da veracidade daquelas notícias que ali estão, é um processo que exige investigação. O problema é que os serviços de informação não vão ser investigados de certeza», acrescentou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista frisou ainda que a governamentalização destes serviços decorre «por via legislativa e da acção governativa», algo que não surpreende o PCP, uma vez que tal também já aconteceu com o PSD.

«De qualquer forma, isto é mau para a democracia. Já não estou a pensar que é só mau para o Presidente da República ou PSD ou para o próprio PS. Pensamos que esses serviços devem ter um controlo democrático e não ser governamentalizados como está a acontecer», concluiu.

Já o líder do Bloco de Esquerda apelou a um imediato esclarecimento da questão por parte de Cavaco Silva, uma vez que esta deveria ser «completamente esclarecida, concluída, encerrada e resolvida».

«Em toda esta história qualquer hesitação, qualquer dúvida ou qualquer arrastamento é uma diminuição da responsabilidade democrática», explicou Francisco Louçã.

Já a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, quando questionada sobre esta questão, limitou-se a dizer que desconhecia a notícia vinda a público no Diário de Notícias, tendo assumido que não a tinha lido.

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