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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, garantiu esta sexta-feira que Portugal dá "todo o apoio" e apresenta "solidariedade e disponibilidade" para receber a Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
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Numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo finlandês, Pekka Haavisto, naquele país nórdico, Gomes Cravinho garantiu que a diplomacia portuguesa expressa "apoio, solidariedade e disponibilidade para receber a Finlândia enquanto novo membro da NATO" e realçou o "bom historial" entre os países nos últimos anos.
Gomes Cravinho destacou, na esfera económica, o investimento da tecnológica Nokia em Portugal, que "criou cerca de 2500 postos de trabalho" e admitiu que o Governo português gostaria de "aumentar a interação com uma empresa tão importante".
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Sobre política externa, no encontro entre os chefes da diplomacia, ambos manifestaram uma "solidariedade comum para com a Ucrânia e o apoio à sua integridade territorial", e o português garantiu que os países têm visões semelhantes sobre a "forma como será necessário desenvolver uma nova ordem de segurança europeia".
Questionado acerca da oposição do Presidente turco, Erdogan, à entrada da Finlândia na NATO, Gomes Cravinho sublinhou que "Portugal é da opinião de que o diálogo entre aliados da NATO vai permitir encontrar soluções" e salientou o "apoio generalizado à adesão da Finlândia e da Suécia à NATO."
"Cada um dos 30 estados soberanos da NATO toma as suas decisões, mas nunca houve dificuldades com a hipótese da Suécia e Finlândia aderirem", explicou.

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O Presidente turco manifestou-se desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, por acolherem militantes curdos que a Turquia considera como terroristas, na primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados.
"Estamos a seguir cuidadosamente os desenvolvimentos relativos à Suécia e Finlândia, mas não somos de opinião favorável", disse Recep Tayyip Erdogan aos jornalistas em Istambul, citado pelas agências AFP e AP.
Erdogan disse que não "queria ver uma repetição do erro cometido" contra a Turquia com a entrada da Grécia na NATO, acusando Helsínquia e Estocolmo de "abrigar terroristas do PKK", o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.