PR recusa intervenção na negociação do pacote de resgate

O Presidente da República recusou intervir na negociação com a oposição do pacote de ajuda financeira, sublinhando que o Chefe de Estado não tem meios para tal, nem a Constituição o permite.

Sublinhando que o chefe de Estado «não tem meios para realizar negociações», pois não dispõe de ministérios, nem de grupos de apoio técnico, nem tal é permitido pela Constituição, Cavaco Silva limitou a intervenção que um Presidente da República poderá ter a «diligências de natureza política».

«O Presidente da República faz diligências de natureza política por forma a que os diversos partidos possam aderir de uma forma responsável à solução de uma posição de emergência a que Portugal chegou», sustentou, insistindo que a Constituição é clara nesta matéria e estabelece que «o Presidente da República não governa, nem legisla».

O Presidente da República considerou também que terá que existir «alguma imaginação» das instituições europeias para encontrar um «programa interino» de apoio financeiro a Portugal que permita ao próximo Governo fazer as «negociações finais».

Cavaco Silva, congratulou-se ainda por os partidos já terem reconhecido que o próximo Governo terá ser de um executivo com apoio maioritário na Assembleia da República e frisou que o pedido de ajuda externa era inevitável.

«Já falei com três partidos políticos e vou ter uma reunião segunda-feira com uma outra força politica. É preciso que todos estejam conscientes que este é um tempo muito sério», alertou Cavaco Silva, à margem do encontro do Grupo de Arraiolos, que terminou ao final da manhã em Budapeste.

O Chefe de Estado avisou ainda que «Portugal encontra-se numa situação bastante difícil», sendo preciso, «da parte de todas as forças políticas uma cooperação responsável e que deixe de lado completamente querelas do passado».

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