Primeiro-ministro garante que exigências do sócio francês fizeram Governo desistir da compra da Cosec

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse hoje no Parlamento, em resposta a uma questão do PSD, que as exigências feitas pelo sócio francês da Cosec levaram o Governo a desistir da compra desta companhia de seguros.

Durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento, dedicado à Economia e às exportações, o deputado do PSD Agostinho Branquinho recordou que «em 13 de maio de 2009 o Governo anunciou a nacionalização da Cosec».

«O que é que se passa com esse dossier, senhor primeiro ministro? E, já agora, o que aconteceu aos 3 mil milhões de euros anunciados para seguros de crédito à exportação? Sabe o senhor primeiro ministro dizer ao Parlamento qual é a sua taxa de execução?», questionou, em seguida, o social democrata.

Na resposta, José Sócrates começou por dizer que «o que o Governo fez foi sempre estar junto das empresas para resolver os problemas».

«Houve um momento em que nós tomámos a decisão de comprar a Cosec e tínhamos obtido o assentimento de um dos sócios da Cosec. Depois, o outro sócio, o sócio francês, fez tais exigências que o Governo optou por outra estratégia - estratégia essa de que vim agora aqui dar-vos conta», acrescentou.

«Isso levou o Governo a fazer acordos com as instituições financeiras ao longo destes últimos meses, que resultaram naquilo que pude anunciar: Assinámos com os agentes financeiros a modalidade OCDE II, que eliminou os limites de seguro por empresa exportadora e que aumentou até dez vezes os montantes máximos garantidos por importador estrangeiro», completou o primeiro-ministro.

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