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O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu esta quinta-feira que o processo de privatização da TAP vai ser "transparente" e não à porta fechada, "como aconteceu no Governo PSD". Além disso, acusou os social-democratas de se comportarem como um "partido de protesto" em vez de terem uma atitude de "partido de Governo" e de nunca terem tido coragem de dizer ao país que decisão teria tomado em 2020, em relação ao futuro da TAP em plena pandemia, caso fosse Governo.
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"Ao fim destes dois anos e meio, o PSD continua a furtar-se a uma discussão aberta e corajosa. O que o PSD omite é quanto custaria ao país se a empresa tivesse falido em 2020. Perderia uma das maiores exportadoras nacionais, uma empresa que fazia 1,3 mil milhões de euros a mais de mil empresas nacionais e evita 700 milhões de euros de importações em bilhetes. O fim da TAP traria mais do que o fim de uma empresa, traria o fim de um modelo de negócio que faz do Aeroporto Humberto Delgado um Hub", afirmou Pedro Nuno Santos no debate de atualidade no Parlamento pedido pelo PSD sobre a privatização da TAP.
O responsável pela pasta das Infraestruturas voltou a sublinhar que Portugal é uma porta de entrada e saída da Europa por causa da TAP e condena as "duas ideias falsas" que o PSD "continua a alimentar".
Ouça a reportagem de Francisco Nascimento
"A primeira é que o Governo nacionalizou a TAP em 2020 por causa da reversão parcial da privatização feita pela direita em 2015. Esta é, porém, uma narrativa que não tem qualquer fundamento. A intervenção pública foi feita para garantir que a empresa não fechava. Ou o Estado intervencionava a TAP naquele momento ou a deixava cair. Foi para impedir que o prejuízo para o país fosse muito superior ao que custou o seu resgate. A segunda ideia alimentada pelo PSD é a narrativa de que a abertura de capital da TAP é uma ideia nova do Governo. Não tem qualquer fundamento, porque desde o início do processo o Governo foi claro naqueles que eram os seus planos para a empresa", explicou o ministro.
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Por fim rematou que, com o Governo PS, uma abertura de capital da TAP terá sempre de assegurar condições para que a empresa seja mais competitiva e sustentável no futuro.
"E ao mesmo tempo permitir a expansão do maior ativo da aviação nacional: o nosso HUB. Protegê-lo e defendê-lo é a melhor forma de a TAP proteger o país", acrescentou.
