PS "absoluto" lembra que "não é partido de ocasião" e traça diferenças para a esquerda

No 49.º aniversário do PS, Carlos César fala num partido que "tem passado, presente e futuro".

A viver a segunda maioria absoluta da história do partido, o PS celebra o 49º aniversário reafirmando que "não é um partido de ocasião". Quarenta e nove anos depois do congresso na cidade alemã de Bad Munstereifel, que transformou a Acção Socialista Portuguesa em Partido Socialista, o presidente do partido, Carlos César, aproveita para traçar os limites para a restante esquerda.

Num vídeo para assinalar o aniversário do partido, Carlos César define o PS como a "esquerda empenhada na proteção da fronteira entre a liberdade económica e a igualdade de oportunidades", numa esquerda que é "persistente" e "europeísta".

"Não somos, no nosso país, um partido de ocasião. Somos a esquerda portuguesa empenhada na proteção da fronteira entre a liberdade económica e a igualdade de oportunidades, evitando que uma prejudique a outra. Somos a esquerda defensora do Estado que é necessário, do Estado simultaneamente envolvido na segurança das pessoas e no estímulo às suas iniciativas e à sua criatividade", diz o atual presidente do PS.

Carlos César acrescenta que a ideologia do PS "tem passado, presente e futuro" e libertou-se do "conservadorismo que se exercita no reformismo progressista": "A esquerda portuguesa empenhada na construção de um espaço institucional europeu, ativo, solidário e democrático".

Com uma guerra às portas da Europa e a crise com o aumento dos preços, Carlos César admite que "são tempos difíceis" para os governos e as famílias, mas lembra que as soluções não podem pôr em causa os objetivos de longo prazo.

"É nesse reconhecimento que importa agir no curto prazo, adequando ou revendo políticas e meios, onde e quando necessário, sem prejuízo dos objetivos mais continuados a que nos comprometemos, sejam os resultantes da emergência climática ou da transição digital, sejam os da eficiência da administração e dos serviços públicos ou da qualificação dos recursos humanos e empresariais em geral", afirma.

O Governo socialista, liderado por António Costa, recusou aumentar os salários dos portugueses, pedido pela oposição, apesar do aumento generalizado dos preços. António Costa explicou que o aumento imediato dos rendimentos iria ser "comido rapidamente" pelo aumento dos preços dos produtos, numa espiral inflacionista.

Carlos César termina a mensagem a pedir a valorização da democracia, "não só aos militantes do PS, mas às portuguesas e portugueses". O evento comemorativo do aniversário do PS foi adiado para quarta-feira, pelo luto nacional pela morte de Eunice Muñoz.

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