PS pode inclinar-se para modelo francês de primárias, diz professor

Apesar de acreditar que os socialistas portugueses vão acabar por escolher o modelo francês, o professor Marco Lisi entende que o modelo italiano de primárias envolve uma «maior responsabilização dos dirigentes».

O professor Marco Lisi acredita que o PS poderá inclinar-se para o modelo francês das primárias, apesar de considerar que o modelo italiano tem «consequências mais profundas».

Ouvido pela TSF, este professor de Ciência Política, que vive há mais de 20 anos em Portugal, entende que no modelo do Partido Democrático «houve uma melhor democratização das estruturas internas e maior responsabilização dos dirigentes».

Marco Lisi explicou que as primárias feitas em Itália incluíram sempre todos os eleitores, ao passo que no caso francês apenas nas últimas eleições é que a votação foi alargada aos simpatizantes.

Quanto ao tempo de organização do processo, este docente da Universidade Nova de Lisboa lembra que se foram incluídos todos os eleitores, o processo deverá ser «muito complicado».

«O PS não tem uma estrutura tão forte no território, como o Partido Democrático em Itália e, do ponto de vista logístico, isso é um esforço significativo do ponto de vista financeiro, das campanhas eleitorais e da estrutura que é preciso montar», explicou.

Contudo, se a votação for muito restrita, Marco Lisi adiantou que o partido perderia em termos de «competitividade e abertura, quer a nível dos candidatos, quer a nível dos eleitores».

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