Desta vez, a resposta vai demorar mais tempo. O PS promete responder à carta enviada pelo ministro Miguel Poiares Maduro na próxima semana, já depois de terminado o congresso dos socialistas que decorre este fim-de-semana, em Santa Maria da Feira.
À chegada este sábado do congresso do PS, António José seguro não revelou a resposta que vai dar ao convite, mas garantiu que vai ser enviada uma resposta.
«Nós recebemos uma carta com o objetivo de nos entregar um documento e de haver várias reuniões com os partidos. Essa carta, como todas as cartas, terá resposta. Portanto, para a semana haverá uma resposta a essa carta. O destinatário da resposta será o primeiro a saber», esclareceu.
Também esta manhã, Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, disse que desvaloriza este tipo de reuniões e convites.
«Penso que não faz muito sentido fazer essa reuniões. São reuniões vazias quando há claramente um diz senso na perspectiva que temos em relação ao futuro de Portugal. O Governo quanto mais se afasta do caminho correto, quanto mais se aproxima do naufrágio, quanto mais leva os portugueses para esse naufrágio, mais procura que o PS atire uma bóia de salvação», criticou Zorrinho.
Há pouco mais de uma semana, quando o primeiro-ministro escreveu ao líder do PS, solicitando uma reunião onde também esteve presente Poiares Maduro, António José Seguro foi rápido na resposta e em aceitar o convite.
Na altura, Seguro sublinhou que o PS respeita o diálogo institucional apesar das divergências de fundo. Mas ontem, na intervenção de abertura do congresso socialista, o secretário-geral do PS, pelo meio de fortes críticas ao Governo, recordou à maioria de que dispõe de poder absoluto para aplicar algumas das medidas do PS caso pretenda.
Com este compasso de espera na resposta ao Governo, o PS parece apostado em não afastar o foco das atenções do congresso que Seguro pretendo que esteja virado para fora, para o país e para a Europa.
O convite do Governo para um novo encontro, avança o Expresso na edição deste sábado, foi feito antes do arranque do congresso socialista e de António José Seguro ter reafirmado que não há consensos.
Notícia atualizada às 10h34