Em entrevista ao programa Gente que Conta deste domingo, a eurodeputada eleita pelo PS reafirmou as críticas ao Executivo pela condução do processo de apresentação do novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e resistiu em acreditar que tudo não terá passado de uma estratégia para precipitar eleições antecipadas.
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«Não foi uma estratégia para chegar aqui às eleições? Se foi uma estratégia, há quem diga isso, eu não acredito nisso - porque seria completamente incongruente com todo o esforço que o PS esteve a fazer - mas se foi, o PSD caiu que nem um patinho, bom, como um coelhinho, porque então serviu essa estratégia ao precipitar uma crise», disse.
Para a eurodeputada, o Presidente da República «também tem responsabilidade» pela actual crise no país, porque não fez uma intervenção no tempo certo.
«Não é agora, agora também tem que intervir e espero que intervenha, mas nessa altura o Presidente da República podia ter intervido, podia ter apelado a um entendimento entre os partidos. O Presidente da República não sabia, como todos os portugueses, o que se estava a passar?», opinou.
Confrontada com uma eventual derrota do PS nas próximas eleições, Ana Gomes não deixou de dizer que a liderança do partido saberá tirar as consequências dos resultados que forem obtidos.
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Contudo, frisou, «indubitavelmente é José Sócrates que vai como líder do partido às eleições, com toda a legitimidade».
O programa Gente que Conta passa na Emissão da TSF após as 11:00 deste domingo e fica disponível depois dessa hora na página do programa.