PS/Congresso: Ferro Rodrigues critica ideia de aproximação a prazo ao PSD

O líder parlamentar do PS considerou hoje que quem defende uma aproximação entre socialistas e PSD está a favorecer o fenómeno do populismo e, sem se referir a casos em concreto, condenou «o vale tudo em política».

Estas posições foram assumidas por Ferro Rodrigues no seu discurso perante o XX Congresso Nacional do PS, no qual elogiou «a coragem» de António Costa em ser candidato a primeiro-ministro na atual situação «grave» do país, mas também deixou alguns recados internos, criticando as lógicas de "Bloco Central".

«A agenda da década [do PS] não é igual à agenda da austeridade, e a deriva populista não é derrotada com uma lógica de nos colarmos à direita, achando que os mais próximos de nós são os partidos de direita, designadamente o PSD de Pedro Passos Coelho. Por essa lógica não conseguiremos derrotar a agenda populista, que é uma agenda gravíssima para os portugueses», advertiu, numa clara demarcação das posições que têm sido defendidas pelo eurodeputado socialista Francisco Assis.

Na sua intervenção, mas sem mencionar casos ou exemplos em concreto, Ferro Rodrigues condenou também um estilo de atuação «na lógica de que em política vale tudo».

«Os portugueses sabem que aqueles para quem vale tudo na política, na verdade, não valem nada politicamente», declarou, recebendo palmas.

Ferro Rodrigues deixou também um desafio ao primeiro-ministro e ao Presidente da República, Cavaco Silva, para que se pronunciem sobre as recentes posições assumidas pelo ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

«Disse que, durante anos, teve de conviver com a chantagem e a hipocrisia do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas. O que têm a dizer o primeiro-ministro e o Presidente da República sobre isso?», questionou.

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