PSD diz que ida para o Ministério das Finanças "só fica mal" a Sérgio Figueiredo

Deputado Duarte Pacheco considera que o ex-administrador não devia ter aceitado o convite.

O deputado Duarte Pacheco diz que o PSD entende o episódio da contratação de ex-administrador Sérgio Figueiredo para o Ministério das Finanças como mais um capítulo da relação promíscua que diz existir entre o governo e o PS, num caso de "defendem-me hoje e eu trato da tua vida amanhã".

Na opinião do social-democrata, que conhece o jornalista pessoalmente, "só fica mal" a Sérgio Figueiredo ter aceitado o convite para o gabinete do ministro das Finanças.

Sobre o convite, para Duarte Pacheco "não é de estranhar porque o Governo de António Costa só se preocupou, desde o início, com o problema da comunicação", considera.

O jornal Público noticia esta terça-feira que o Ministério das Finanças contratou o antigo diretor de informação da TVI e ex-administrador da Fundação EDP Sérgio Figueiredo como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas.

Segundo o jornal, o contrato em questão é por ajuste direto e Sérgio Figueiredo irá auferir um ordenado ilíquido equivalente ao vencimento mensal de um ministro, correspondendo a 4.767 euros. Sérgio Figueiredo terá começado a desempenhar as suas funções a 29 de julho.

Ao Público, o ministério tutelado por Fernando Medina confirmou a contratação de Sérgio Figueiredo, afirmando que o antigo jornalista irá "prestar serviços de consultoria no desenho, implementação e acompanhamento de políticas públicas, incluindo a auscultação de partes interessadas na economia portuguesa e a avaliação e monitorização dessas mesmas políticas".

O Público avança ainda que o contrato de Sérgio Figueiredo terá uma duração de dois anos e o antigo jornalista irá "ajudar a conceber e desenhar as políticas públicas do ministério de Fernando Medina, mas também monitorizar a sua execução e a perceção, em tempo real, que têm delas as partes interessadas".

Nascido em 1966, Sérgio Figueiredo já foi diretor do Diário Económico e do Jornal de Negócios, tendo também trabalhado para o canal televisivo RTP2. Entre 2007 e 2014 foi diretor da Fundação EDP e, entre 2015 e 2020, foi diretor de informação da TVI.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de