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O PSD quer ouvir o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, sobre a auditoria da Inspeção-Geral da Defesa Nacional às obras do antigo Hospital Militar de Belém, que revela várias ilegalidades nos ajustes diretos para a construção do Centro de Apoio Militar Covid-19 e uma "derrapagem" de mais de 1,8 milhões de euros.
"Umas obras que custaram três vezes mais do que estava orçamentado não, é com certeza, uma situação normal", afirma o deputado social-democrata Carlos Eduardo Reis, em declarações à TSF.
"A pandemia não pode servir de pretexto para a falta de rigor na utilização de dinheiros públicos", condena.
Face às irregularidades reveladas pela auditoria a que TSF teve acesso, o PSD quer ouvir no Parlamento o ministro da defesa, João Gomes Cravinho, e o ex-diretor-geral de Recursos de Defesa Nacional, Alberto Coelho.
PSD quer mais esclarecimentos sobre esta "situação preocupante"
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Segundo o extenso relatório de 43 páginas a que a TSF teve acesso - e que foi enviado pelo governo para o Tribunal de Contas - terá sido Alberto Coelho que, à revelia do Governo, deu autorização de despesa três vezes superior ao previsto, quando não tinha poderes para tal.

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A auditoria conclui que "os atos e procedimentos administrativos e financeiros auditados denotam inconformidades legais", à cabeça com a "falta de evidência do pedido expresso à tutela para autorizar a despesa (...) e consequente ausência de competência por parte do Diretor-geral da DGRDN para autorizar a despesa, escolher as entidades a convidar, aprovar as peças do procedimento e decidir a adjudicação".