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O PSD questionou esta quarta-feira a ministra da Agricultura sobre as consequências agroalimentares da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, perguntando que medidas estão a ser tomadas a nível europeu e nacional.
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No requerimento entregue na Assembleia da República, os deputados sociais-democratas antecipam efeitos nas trocas comerciais com aqueles dois países e a União Europeia em vários produtos agroalimentares, "seja na escassez de produtos importados seja ao nível das exportações para aquela região".
"No caso dos cereais, uma vez que a Ucrânia e Rússia são responsáveis por 30% do fornecimento de trigo ao mundo, e tendo ambos os países ainda cereais da campanha passada por embarcar, prevê-se uma escassez generalizada dos cereais", afirmam, alertando para uma crescente pressão nos preços mundiais.

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Por outro lado, refere o PSD, "ficam sem destino vários produtos agroalimentares e florestais nacionais tradicionalmente exportados para o mercado russo".
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"Quais as previsíveis consequências no mercado europeu e nacional ao nível do abastecimento de cereais, oleaginosas e fatores de produção do atual conflito Rússia-Ucrânia?", questiona o PSD, na pergunta dirigida à ministra Maria do Céu Antunes.
Os sociais-democratas querem também saber que medidas estão a ser estudadas a nível europeu e nacional para "garantir o abastecimento de fatores de produção às empresas europeias e de alguns tipos de alimentos aos consumidores europeus".

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"Que medidas estão a ser equacionadas para as empresas nacionais exportadoras de produtos agroalimentares para o mercado russo ou ucraniano?", perguntam ainda.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos - o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 14.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou esta quarta-feira a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.
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