Na qualidade de primeiro vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, Jorge Moreira da Silva divulgou uma nota afirmando que «o PSD repudia as declarações insultuosas» de Miguel Sousa Tavares, considerando que foram ultrapassados os «limites para o combate político».
«A circunstância de terem sido proferidas por uma pessoa com as responsabilidades adicionais, perante o grande público, resultantes do seu longo e reconhecido percurso como jornalista, escritor, cronista e comentador político, torna estas declarações ainda mais criticáveis do ponto de vista do PSD», acrescenta o coordenador da direção nacional social-democrata.
Numa entrevista publicada na edição de hoje do Jornal de Negócios, questionado sobre a hipótese de surgir no espaço político português «um ditador populista» ou «um palhaço», o jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares respondeu: «Nós já temos um palhaço. Chama-se Cavaco Silva. Muito pior do que isso, é difícil».
Na nota hoje divulgada, Jorge Moreira da Silva ressalva que entende como «legítimo e desejável a crítica livre e democrática a todos os responsáveis políticos e órgãos de soberania, incluindo o Presidente da República», dentro de certos «limites».
Segundo o coordenador da Comissão Política Nacional do PSD, «esses limites foram ultrapassados» quando Miguel Sousa Tavares «escolheu insultar - e não criticar - o Presidente da República».