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O Presidente da República destacou, esta sexta-feira, o processo iniciado pelo Governo para que o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas passe a ter o comando operacional de toda a atividade militar. Na apresentação do livro do livro "Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas - 70 anos", Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda a adaptação das estruturas militares nas últimas décadas.
O Presidente da República falou em "mais do que uma coincidência ocasional", depois de o ministro João Gomes Cravinho ter anunciado, em entrevista à Lusa, que a proposta de lei para alterar a estrutura superior de comando das Forças Armadas dará entrada no Parlamento "nas próximas semanas".
Marcelo Rebelo de Sousa salientou o papel do ministro da Defesa, e pediu "uma renovada reflexão do conselho estratégico nacional, a nível global e com incidência nacional".

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"Que o processo seja bem-sucedido, com arrojo e bom senso, assertividade e participação. Sabemos bem como os homens e mulheres desempenham estas funções. As instituições ficam além deles e delas. Existe um sentido de presença na comunidade no dia-a-dia", apontou.
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O chefe de Estado descreveu o encontro como "mais do que uma coincidência ocasional": "Antes, a convergência entre uma obra bem-vinda, no seu sentido de história e homenagem, mas também da qualidade. Uma cerimónia oportuna, com um anúncio de futuro que seja verdadeiro, a bem de Portugal", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa salientou a importância crescente do cargo de Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, antes do 25 de abril e, principalmente, em democracia. O Presidente destacou o papel do António Ramalho Eanes, Presidente da República de 1976 a 1986.
"Uma evolução que se revitalizou com o papel das Forças Armadas dentro e fora das nossas fronteiras físicas, com particular projeção nas forças nacionais destacas lá fora e na tragédia dos fogos e na pandemia, cá dentro."
O Presidente da República lembrou os setores céticos quanto ao papel das Forças Armadas, mas "que se converteram ao seu desempenhado, que só faz acrescer a dimensão nacional da instituição militar".
Marcelo disse ainda esperar que, "um dia", as mulheres estejam no topo da carreira militar.
