"Quem viola o segredo de justiça é quem passa informação ao jornalista"

Presidente da Associação Cívica Transparência e Integridade tem uma opinião completamente contrária à de Rui Rio.

O presidente da Associação Cívica Transparência e Integridade, João Paulo Batalha, defende que é antidemocrático acusar os jornalistas de violarem o segredo de justiça. Ouvido no Fórum TSF, João Paulo Batalha mostrou ter uma opinião completamente contrária à de Rui Rio que, na quarta-feira, durante o debate com os líderes dos partidos com representação parlamentar, defendeu que a violação do segredo de justiça tem de ser aplicada a todos os portugueses, incluindo aos jornalistas.

"Quem viola o segredo de justiça é quem passa informação ao jornalista. O jornalista não é uma parte do processo e, portanto, não consegue violar o segredo de justiça. Consegue é publicar qualquer coisa depois de o segredo de justiça ser violado", explicou à TSF João Paulo Batalha.

Ainda assim, o presidente da Associação Cívica Transparência e Integridade considera que foi importante o tema ter sido destacado, quarta-feira, na campanha.

Ouvido também no Fórum da TSF, o Bastonário da Ordem dos Advogados, Guilherme Figueiredo, sublinha que, de alguma forma, os jornalistas devem ser criminalizados.

"O espaço público passou a ser o espaço da confrontação das diversas opiniões, ideologias e é um espaço absolutamente central, mas este espaço central não pode, de maneira nenhuma, ser um espaço utilizado para inquinar a investigação criminal ou as pessoas", afirmou Guilherme Figueiredo.

No entender do Bastonário da Ordem dos Advogados cabe ao Ministério Público melhorar a informação que vem a público.

"As entidades, nomeadamente o Ministério Público, precisam de criar mecanismos de informação regular a esse espaço público para que seja dito o que é necessário e possível para manter a informação sempre no espaço público.

*Fórum TSF, conduzido por Manuel Acácio

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