Comentando o anúncio feito pelo BE de apresentar uma moção de censura ao Governo para ser discutida a 10 de Março, Paulo Rangel começou por condenar a posição dos bloquistas.
«O PSD deveria já declarar que não apoiará esta iniciativa do BE», contudo, «se houver algum facto extraordinário» ate 10 de Março «é evidente» que esta posição de abstenção pode «alterar-se», disse.
Em declarações à TSF, o eurodeputado eleito pelo PSD deu os exemplos de «uma derrapagem na execução orçamental» ou uma «alta de juros incontrolável» como factos que podem mudar a posição social-democrata. No entanto, advertiu, «as circunstâncias só podem ser avaliadas na altura».
Paulo Rangel considerou que «uma moção de censura não se anuncia, apresenta-se».
O social-democrata disse ainda que o BE, com esta atitude, mostrou «a sua verdadeira natureza», a de um grupo político «oportunista» e sem «qualquer consideração pelo interesse nacional».
A comissão política do PSD reúne-se terça-feira para discutir a situação política, seguindo-se uma reunião do líder do partido, Pedro Passos Coelho, com o grupo parlamentar.