Reitora do ISCTE acusa Governos pós-2009 de não cumprirem lei que financia ensino superior

Maria de Lurdes Rodrigues refere que o número de alunos do ISCTE cresceu de 5000 para 6300 sem que o financiamento que lhe é atribuído tenha sido atualizado.

A reitora do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Maria de Lurdes Rodrigues culpa os Governos que se têm sucedido, desde 2009, pelos problemas financeiros da instituição que agora lidera. Ouvida esta tarde no Parlamento sobre a polémica com o antigo ministro das Finanças, João Leão, que foi nomeado vice-reitor do ISCTE dois dias depois de ter deixado o Governo e vai chefiar um projeto com financiamento público, aprovado pelo ministério que liderava, Maria de Lurdes Rodrigues fala de falta de financiamento do executivo.

"Passámos de cinco mil e poucos alunos para 6300 alunos, é uma instituição altamente prejudicada por esta metodologia de distribuição das dotações públicas. É aqui que começa o problema, no facto de os sucessivos Governos estarem em incumprimento da lei desde 2009, não aplicando aquilo que é normal, que é uma afetação de recursos públicos em função da atividade e do número de alunos que as instituições têm", assinala a antiga ministra da Educação, que saiu do Governo precisamente no ano que aponta como o do início dos problemas, 2009.

Sobre a questão em torno de João Leão, Maria de Lurdes Rodrigues revela que o convidou para ser vice-reitor - e para liderar o projeto em questão - durante uma reunião pedida pelo próprio, quando "tinha acabado de ser eleita" e em que este revelou que iria deixar o Governo.

A antiga governante nega qualquer conflito de interesses ao convidar João Leão para "integrar a equipa que estava em processo de formação" e apoiar o "desenvolvimento estratégico" da instituição.

"Se há um problema moral, não o vejo nem consigo compreender", rematou, lembrando que os vice-reitores são escolhidos diretamente pelos reitores.

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