Marcelo confirma pedidos de repatriamento de portugueses, mas "não se antecipa ao Governo"

Apesar da nova variante, o Presidente da República admite que o trabalho das autoridades do país fazem com que se sinta "muito seguro".

Marcelo Rebelo de Sousa remete para o Governo um possível repatriamento de portugueses em Moçambique e África do Sul. Em declarações aos jornalistas, no centro de vacinação Paz Flor, em Luanda, o Presidente da República reforçou "sentir-se seguro" em Angola, apesar da nova variante detetada no sul de África.

Questionado pelos jornalistas sobre os pedidos de repatriamento de vários portugueses residentes, depois das restrições às viagens decretadas para mitigar a propagação da Omicron, Marcelo confirmou "saber desses pedidos".

"Não vou antecipar aquilo que é uma competência do Governo nessa matéria de repatriamento, envolve a intervenção de juízos das autoridades sanitárias", disse.

O Chefe de Estado acrescentou que na última reunião do Infarmed, um dos especialistas abordou o aparecimento da nova variante, e referiu que, de acordo com os estudos, "é mais contagiosa, mas não mais fatal".

"Naquilo que se sabia e sabe neste momento, as medidas foram pensadas tendo em conta a nova variante. Não podemos agora imaginar o que se virá a saber daqui por dois meses, três meses, quatro meses", declarou.

No centro de vacinação, Marcelo Rebelo de Sousa roubou o protagonismo às vacinas, e foi cumprimentando e agradecendo, efusivamente, aos profissionais de saúde e vacinados, apelando que mais mais angolanos se vacinem.

Apesar de a nova variante circular bem perto de Angola, o Presidente da República admite que o trabalho das autoridades do país fazem com que se sinta "muito seguro".

"Aprecio o esforço que está a ser feito por Angola na vacinação e também o que tem sido feito pelo mundo: os países em momentos mais críticos estabelecerem limitações à entrada de zonas mais críticas da pandemia", sublinhou.

E "não cometendo nenhuma inconfidência, o Presidente revelou depois que Angola também vai apertar restrições nas viagens de avião. Uma medida depois confirmada por Adão Almeida, ministro de Estado e da Casa Civil de Angola, com o espaço aéreo angolano a fechar para os países de risco no sul de África, a partir de e 1 de dezembro até 5 de janeiro de 2022.

O Presidente da República garante ainda que não vão faltar vacinas em Angola. Portugal quer doar perto de três milhões de doses, pelo que não há razões para recusar a vacinação.

"É muito importante a adesão às vacinas, fez a diferença também em Portugal. As pessoas perceberam que mais vale prevenir do que remediar, e sempre que possível, deram o exemplo", afirmou.

A viagem de Marcelo Rebelo de Sousa a Luanda, onde participa na Bienal, termina já no domingo, com o chefe de Estado a regressar a Lisboa já na segunda-feira de manhã.

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