Rio com "legitimidade" reforçada. Rangel apela à união do PSD e aponta Costa como "principal adversário"

Eurodeputado saiu derrotado da corrida à liderança do PSD e propõe-se agora a uma reflexão.

O eurodeputado Paulo Rangel deixou este sábado um apelo à unidade do PSD depois de ter dado os parabéns a Rui Rio pela sua vitória nas eleições diretas para a presidência do partido.

"Tive oportunidade de conversar com ele durante algum tempo e de lhe transmitir pessoalmente parabéns e facilitações", afirmou o eurodeputado e candidato derrotado, que sofreu a sua segunda derrota em candidaturas à presidência do PSD, deixando um "apelo à unidade" com vista às legislativas de 30 de janeiro.

"Da minha parte e dos que me apoiaram, haverá uma colaboração leal e efetiva", assegurou. O caminho até às eleições de janeiro é "muito exigente" e impõe uma "mobilização redobrada", avisou, antes de garantir que é pela "união" do partido.

"Apresentei-me com uma estratégia diferente daquela que teve hoje a vitória. Se vamos para as eleições legislativas temos de ir unidos, tendo como principal adversário António Costa e o partido socialista", pediu Rangel.

Para o social-democrata, estas eleições vieram legitimar o líder do PSD, Rui Rio. "Sempre insisti em que as eleições fossem feitas porque os que saíssem vencedores sairiam reforçados para as eleições legislativas. Depois de hoje, ninguém terá dúvidas de que tive razão quanto a isso. O processo de eleições, tendo sido feito como foi, reforçou a legitimidade do líder", defendeu.

Nas próximas eleições legislativas, garantiu, apoiará o PSD e continuará a trabalhar como deputado europeu. No que toca à relação com Rui Rio, afirma que nunca estiveram em guerra. "Não fizemos as pazes porque não estivemos em guerra, estávamos numa contenda eleitoral. Tive sempre uma relação de estima e respeito pelo Rui Rio. Hoje foi exatamente igual", sublinhou.

Sobre a possível integração dos seus apoiantes na lista de Rio para as próximas eleições, Paulo Rangel admite que, para haver unidade, é necessário fazer pontes, mas acrescenta que os militantes são livres.

"Os militantes são livres de conduzirem os seus próprios percursos. Espero que, evidentemente, em todos os momentos da vida do partido haja sinais claros de unidade e julgo que é aquilo que vai acontecer", disse.

Para já, não comenta o que correu mal nestas eleições diretas porque ainda não conhece os resultados em pormenor.

"Hei-de fazer uma reflexão depois mais tarde. Há uma coisa clara: candidatei-me porque tinha uma estratégia e visão diferente do candidato que ganhou", acrescentou o eurodeputado.

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