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O presidente da câmara do Porto avisa que os investidores estrangeiros estão preocupados com o pacote legislativo sobre a habitação apresentado pelo governo português. Foi em Cannes, no MIPIM, que Rui Moreira ouviu essas apreensões. O autarca, que marca presença na maior feira mundial de imobiliário, denota, no entanto, que o mercado luso continua a ser competitivo, apesar das políticas do executivo.
O município do Porto quer atrair investidores estrangeiros para construir habitações "de renda acessível", mas Rui Moreira diz que "alguns dos investidores tradicionais em Portugal" demonstram "algum receio relativamente ao pacote legislativo, porque ainda não conhecem bem os seus contornos".
Ouça a reportagem de Rui Carvalho Araújo.
O autarca afirma que a Greater Porto, entidade que representa os municípios do Porto, Matosinhos e Vila Nova Gaia, desempenhou em Cannes o papel de "tentar tranquilizá-los", com a garantia de que os modelos de renda acessível "vão continuar".
Apesar das reticências, Rui Moreira realça que "o mercado português, em termos de atração, está bom", uma vez que "não é um mercado corrupto, é um mercado formalizado". Pelo menos foi isso que transmitiram ao autarca os investidores internacionais no MIPIM 2023.
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Para facilitar a aposta na região, as autarquias do Porto, Matosinhos e Gaia apresentam-se em conjunto, sob o nome de Greater Porto, na maior feira mundial de imobiliário. Para Rui Moreira, essa é uma aposta ganha.
"São territórios contíguos, os investidores por vezes não compreendem a diferença [entre os municípios] e mais vale explicar aquilo que nos une, do que aquilo que nos separa", afirma o autarca, em declarações aos jornalistas.
Ao todo, a Greater Porto junta em Cannes 21 empresas portuguesas do setor imobiliário.