"Saída do diretor do SEF acrescenta instabilidade à instabilidade"

O presidente do sindicato dos investigadores do SEF, lamenta o pedido de demissão apresentado pelo general Luís Botelho Miguel e acredita no bom senso do novo MAI para reverter o processo de extinção do SEF.

O presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, confessa que os trabalhadores foram "apanhados de surpresa" pela saída do diretor do SEF.

"Esta situação vem acrescentar instabilidade à instabilidade já existente. O SEF está num processo de incerteza há demasiado tempo, os funcionários nada sabem e é certo que temos um Governo que toma posse hoje, mas esperamos que haja bom senso em todo este processo. Reconhecemos no novo ministro da Administração Interna alguém que prima pelo interesse público e será importante reavaliar a situação do SEF", explica.

Luís Botelho Miguel pediu a demissão do cargo, segundo um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República. Acácio Pereira reafirma que o SEF é indispensável e acredita que haverá bom senso para reverter o processo de reestruturação e extinção deste serviço.

"Fico com a perceção de que o senhor diretor sai com a noção de que este serviço é indispensável à segurança do país e da segurança da União Europeia. É fácil ver o SEF por fora, mas quem o vê por dentro, muitas vezes tem uma opinião diferente da inicial. Acredito que este processo de reestruturação está dependente do novo MAI e a sensatez, bom senso e interesse do país deveriam fazer repensar a decisão. O SEF é indispensável", defende.

Quanto ao perfil do novo diretor do SEF, o presidente do SCIF afirma que tem de ser alguém que coloca o país em primeiro lugar, "alguém competente e que tenha à frente os interesses do país e não interesses sectários ou particulares".

Luís Botelho Miguel estava no cargo desde dezembro de 2020 e foi escolhido pelo então ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para substituir Cristina Gatões. A escolha surgiu na sequência da morte de Ihor Homeniuk, no aeroporto de Lisboa.

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