O social-democrata Pedro Santana Lopes acusou, na segunda-feira, o secretário-geral do PS, António José Seguro, de ignorar o estado em que o Governo de José Sócrates deixou o país.
«Ao ouvir a intervenção do novo secretário-geral do PS, no fim-de-semana passado, fez-me ocorrer a imagem de umas pessoas a quem se empresta casa e que tomem conta da nossa casa durante um período e que partem a casa toda», explicou.
Nas jornadas parlamentares do PSD, o novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa explicou ainda que depois «quando regressamos à casa ainda por cima se põem de fora a dizer mal de nós porque estamos a comprar cimento, tijolo e telhas para reconstruir a casa que eles deram cabo».
Nas mais de duas horas de conversa com os deputados do PSD, este antigo primeiro-ministro elogiou a vontade reformista do actual Executivo, que segundo Santana, percebeu que um país não se constroi com fraquezas ou lamúrias.
Santana, que disse ser pouco ouvido, aproveitou ainda para elogiar a determinação e acutilância de Luís Montenegro, que «é a certeza de uma liderança da bancada onde tenho muita pena de não estar».
«Agora não se pode dizer que vou andando por aí, mas que vou acompanhndo bem por aqui e vibrando com as vossas intervenções nesta hora tão difício para Portugal, mas, ao mesmo tempo, tão fascinante», concluiu.