Depois de a secretária de Estado da Administração Interna ter garantido que a equipa política do Ministério só soube no dia das eleições que não tinham sido cumpridas as ordens para notificar os cidadãos cujo número de eleitor foi alterado, Paulo Machado, antigo director-geral da Administração Interna, disse que esta versão não corresponde à verdade, acrescentando que não agiu sozinho.
Perante esta declarações, Dalila Araújo insistiu que a responsabilidade dos problemas com o Cartão do Cidadão só pode ser imputada a quem não cumpriu o que estava determinado, apontando assim o dedo à Direcção-Geral da Administração Interna e ao responsável demissionário, Paulo Machado.
Dalila Araújo contou à TSF que em Outubro viu uma «carta modelo da notificação» que seria enviada aos detentores do Cartão do Cidadão, acrescentando que a partir de então confiou que a carta seguiria. «Confiei no senhor director quando me dizia que tudo estava a decorrer» com normalidade, disse.
«Não havia razão nenhuma que me levasse a desconfiar que aquilo que [Paulo Machado] tinha dito não era verdade», sublinhou.