Seguro propõe primárias a 28 de Setembro ou a 5 de Outubro

Já é conhecida a proposta de António José Seguro para resolver a crise de liderança em que o PS mergulhou após as Eleições Europeias.

A proposta, distribuída pelos jornalistas, defende a escolha do candidato do PS a primeiro-ministro através de eleições primárias, a realizar no final de Setembro, no dia 28, ou no dia 5 de Outubro.

As primárias serão abertas a militantes do PS e da JS, candidatos do PS às últimas eleições (inclui, portanto, independentes que concorreram pelos socialistas nas autárquicas, legislativas nacionais e regionais, e europeias), inscritos no laboratório de ideias e propostas para Portugal (LIPP), no movimento Novo Rumo, e a «cidadãos que cumpram os requisitos a estabelecer no regulamento eleitoral», como por exemplo, a «assinatura de um compromisso individual de concordância com a Declaração de Princípios do PS».

A proposta que António José Seguro já apresentou à Comissão Política Nacional (CPN), prevê que todo o processo eleitoral seja entregue a uma Comissão Eleitoral, a designar pela CPN, e que será presidida por «uma personalidade de reconhecido mérito nacional».

Quanto ao calendário, Seguro propõe que as primárias se realizem no final de Setembro ou princípio de Outubro, sendo que o regulamento eleitoral deve ficar fechado até 30 de Junho, data em que a Comissão Eleitoral também deve ser definida.

A preparação dos cadernos eleitorais deve decorrer durante o mês de Julho, e a campanha entre Julho e Setembro. As listas concorrentes devem recolher um mínimo de 1000 assinaturas, e devem ser entregues até 45 dias antes das eleições.

As assembleias de voto vão estar nas sedes do Partido Socialista, sendo que o partido compromete-se a aprovar um orçamento para suportar o processo eleitoral, e a garantir condições de igualdade de tratamento entre as diferentes candidaturas.

A Comissão Nacional compromete-se ainda a organizar dois debates públicos entre os candidatos durante a campanha eleitoral.

Será declarado vencedor o candidato que obtiver mais votos, e esta noite Seguro passou para um documento oficial, a proposta que entregou na CPN, o compromisso de se demitir da liderança em caso de derrota.

A julgar pelas declarações de alguns apoiantes de António Costa, e de diversos militantes que entretanto falaram na reunião da CPN, a data de 28 de Setembro não agrada, é vista como uma meta muito distante, tendo em conta a situação política que o país atravessa.

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