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O primeiro-ministro, António Costa, fala na Deloitte Portugal, que venceu o concurso para dois novos centos tecnológicos no país, que vão empregar entre 1500 e duas mil pessoas, como um exemplo para "mudar o perfil económico do país", que se faz com persistência e não com "varinhas mágicas".
Portugal competia com outros países, como Estados Unidos e Índia, mas foi o projeto nacional que venceu o concurso. A Deloitte prevê que as novas equipas sejam distribuídas por Braga, Coimbra, Faro, Leiria e Setúbal, além de Lisboa, Porto e Viseu, onde a empresa já tem escritórios.
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António Costa aponta à "transformação do perfil económico" do país, com mais emprego e melhores salários, num percurso que tem de ser de continuidade.
"O perfil económico não se transforma com varinhas mágicas e os salários não sobem com varinhas mágicas. Sobem porque há mais emprego qualificado, com empresas a atraírem para Portugal a produção de serviços e bens de maior valor acrescentado", disse.
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O primeiro-ministro acrescenta que as transformações "exigem persistência, sem hesitações ou andar para a frente e para trás". E o Governo socialista tem a meta bem definida: nos próximos cinco anos, a formação em tecnologia vai aumentar 40 por cento.
"Já somos o terceiro país da União Europeia com mais licenciados em engenharia, só atrás da Alemanha e da Áustria. Temos que continuar a aumentar, porque são as formações do futuro. A meta que temos é até 2026, aumentemos em 40 por cento a formação em ciências, tecnologias, artes e matemáticas, o que implica formar mais dez mil pessoas do que estamos a formar atualmente", apontou.

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Um objetivo que casa com a intenção da Deloitte, que prevê contratar recém-licenciados. O CEO da empresa, António Lagartixo, deixa um pedido ao primeiro-ministro para que "mantenha o rigor e o nível de exigência do sistema de ensino".
"É o que vai fazer a diferença num país como o nosso, que tem uma escala pequena em termos territoriais e populacionais. O que temo de fazer é ser melhor do que os outros", atirou António Lagartixo.

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