Depois de Cavaco Silva ter dito que se vai «manter em silêncio» sobre o caso das alegadas escutas à Presidência da República até às eleições, o secretário-geral do PS concordou com essa posição, defendendo que o esclarecimento do assunto pode esperar.
«O meu dever é concentrar-me na campanha. Li a notícia com muita surpresa, mas essa matéria pode esperar. Acho que neste momento não devo fazer nenhum comentário», disse, em declarações aos jornalistas.
José Sócrates voltou ainda a dizer que o director do jornal Público, José Manuel Fernandes, «parece ter uma imaginação muito fantasiosa» por atribuir as culpas aos serviços secretos, quando «os serviços secretos não fazem nada fora da lei».
«Quando se faz uma acusação destas é preciso apresentar provas e não lançar uma insinuação, porque quem faz isso fica sempre indignificado», defendeu.
O primeiro-ministro lembrou ainda que os serviços secretos esclareceram entretanto que não fizerem escutas ao Público.