A moção de censura foi apresentada pelo Bloco, mas José Sócrates coloca o ónus da responsabilidade no PSD.
«Verdadeiramente, ninguém leva muito a sério a moção do BE. O ponto a sério é outro: tem a ver com a atitude dos restantes partidos face a esta moção de censura e, designadamente, a atitude do maior partido da oposição», afirma.
No entender do primeiro-ministro, o PSD já está a demorar a dizer que posição vai tomar.
José Sócrates questiona ainda se o país pode confiar em quem não é capaz de dar uma resposta pronta: «Será que a sede do poder, o calculismo político já chegou a um ponto, no nosso país que permite que o maior partido da oposição não se aperceba de que lado está o interesse nacional?»
Cada dia que passa é um golpe contra a confiança, sublinha José Sócrates. De cada vez que alguém agita o fantasma da instabilidade, está-se a passar uma mensagem errada aos mercados e a prejudicar o país.
Para o primeiro-ministro é claro: não há nenhuma razão para deitar abaixo o Governo. Diz Sócrates que o tempo é de concentração no trabalho e não de criação de crises artificiais.