Sócrates diz que não alimenta «polémicas que desprestigiam instituições»

O primeiro-ministro assegurou que não pretende contribuir para nenhuma «polémica que desgasta e desprestigia as instituições». José Sócrates disse contudo que «não alimenta tabus» e que tudo o que tinha a dizer já foi dito pelo ministro da Presidência.

O primeiro-ministro garantiu que não alimenta qualquer «polémica que desgasta e desprestigia as instituições» e que importa concentrar-se «naquilo que é importante para o país: responder aos problemas e desafios e assegurar uma governação que esteja à altura dos tempos em que vivemos».

«Mas também não alimento tabus. Tudo o que tinha para dizer sobre essa matéria e sobre essa polémica foi dito por Pedro Silva Pereira e foi dito em meu nome e no nome do PS e espero que não seja preciso voltar ao assunto», acrescentou.

Em Cascais, Sócrates recusou fazer outros comentários «que contribuam para alimentar essa polémica que desgasta as instituições da República».

O chefe do Governo assegurou ainda que sempre se empenhou «numa relação com a Presidência da República que seja institucionalmente adequada e correcta» e que garanta a «cooperação institucional».

«Agora é o momento de nos concentrarmos naquilo que é importante para o país. Espero portanto que não seja necessário voltar a tal tema, que é lamentável e em nada contribui para a elevação do prestígio das instituições da República», concluiu.

Antes, o ministro dos Assuntos Parlamentares, em declarações à SIC, tinha considerado não haver qualquer espécie de «conflito institucional entre São Bento e Belém».

«Espero que não haja qualquer conflito institucional entre Belém e São Bento», acrescentou Augusto Santos Silva, que não há qualquer conflito do lado de São Bento, do Governo e do PS «com qualquer órgão de soberania».

Por outro lado, Santos Silva, comentando as declarações de Cavaco Silva, considerou que o Presidente da República «mais uma vez, tornou claro que a invenção que assolou o país neste Verão, (...) é completamente falsa».

O ministro classificou mesmo esta situação que envolvia a acusação de que o Governo poderia estar a espiar os seviços da Presidência de «acusação gravíssima, citando uma fonte que o jornal dizia ser autorizada da Casa Civil do Presidente da República».

Augusto Santos Silva entende ainda como normal que o consultor presidencial para a Agricultura, Sevinate Pinto, participe nas jornadas parlamentares do CDS-PP, onde atacou o ministro da Agricultura, Jaime Silva.

«Também acho normal que o deputado José Junqueiro no exercício do seu direito indeclinável à liberdade de expressão possa achar criticável que assessores do Presidente da República colaborassem com programas de um partido qualquer que ele fosse», concluiu.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de