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O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, Paulo Colaço, acusa o líder parlamentar do partido de desrespeito.
Adão Silva defendeu que Paulo Colaço se devia demitir da presidência do órgão independente dos social-democratas que fiscaliza o cumprimento da lei e dos estatutos, depois de o Tribunal Constitucional ter anulado uma sanção disciplinar contra o líder parlamentar.
À TSF, Paulo Colaço fala numa linguagem que recorrentemente tem sido "inaceitável".
"Sempre que tivemos processos disciplinares ou pedidos de anulação de decisões de qualquer órgão, fomos muito respeitosos em toda a nossa linguagem e forma de agir. E todas as peças - um dia serão públicas - em que o deputado Adão Silva abordou o Conselho de Jurisdição Nacional foram de uma violência que eu não consigo perceber", refere Paulo Colaço, que recorda que "eu fui chamado de estalinista e não encontro ofensa maior para um democrata. São acusações do mais grave que pode haver".
Paulo Colaço recorda a acusação de estalisnismo.
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O presidente do Conselho de Jurisdição acusa igualmente o líder parlamentar e a Comissão Política Nacional de atacarem figuras históricas dos sociais-democratas e também Fernando Negrão, candidato a presidente da Câmara Municipal de Setúbal.
A Comissão Política Nacional disse que o Conselho de Jurisdição neste mandato tinha perdido qualidade jurídica. Neste mandato as pessoas novas são o dr. Fernando Negrão e o dr. Pedro Roseta que é fundador do PSD e esteio ideológico de Sá Carneiro. E é inaceitável atacarem [Fernando Negrão] um candidato a uma câmara municipal pelo PSD", refere Paulo Colaço, que sublinha que todos os membros do Conselho, incluindo Pedro Roseta e Fernando Negrão, foram acusados de estalinismo pois a obrigatoriedade de Adão Silva cumprir as deliberações do Congresso foi aprovada por unanimidade.
"Aquilo que é atacado é um pensamento unânime do Conselho de Jurisdição", afirma.
Ouça as palavras de Paulo Colaço.
Recorde-se que o Conselho de Jurisdição Nacional do PSD anunciou na quinta-feira um recurso da decisão do Tribunal Constitucional de anular a advertência ao líder parlamentar aprovada depois do Conselho considerar que quer Adão Silva quer o presidente do partido, Rui Rio, (que não teve sanção) violaram os estatutos do partido por não terem dado seguimento a uma moção setorial aprovada em Congresso que pedia um referendo sobre a eutanásia.