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Para Rui Rio, a decisão do Tribunal Constitucional (TC) de repetir a eleição nas secções de voto onde houve problemas vem dar razão ao PSD.
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"Deu porque esta decisão assenta precisamente na ideia de que os votos que não estavam acompanhados do Cartão de Cidadão eram nulos, não contavam, e portanto teve a urna toda de ser anulada. A lei diz que o voto tem de ser acompanhado por fotocópia do Cartão de Cidadão e não pode permitir situações destas. A nossa queixa-crime faz mais sentido porque os responsáveis por isto tudo são os que misturaram os votos propositadamente. Não sei se é possível, do ponto de vista técnico, fazer o voto por correspondência com a celeridade que queríamos", explicou o líder do PSD.
O Tribunal Constitucional decidiu, por unanimidade, declarar a nulidade das eleições legislativas no círculo da Europa, que terão de ser repetidas, anunciou o presidente, João Caupers.

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Mais de 80% dos votos dos emigrantes do círculo da Europa nas legislativas de 30 de janeiro foram considerados nulos, após protestos do PSD, mas a distribuição de mandatos mantém-se, com PS e PSD a conquistarem dois deputados cada nos círculos da emigração.
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Segundo o edital publicado sobre o apuramento geral da eleição do círculo da Europa, de um total de 195.701 votos recebidos, 157.205 foram considerados nulos, o que equivale a 80,32%.
Em causa estão protestos apresentados pelo PSD após a maioria das mesas ter validado votos que não vinham acompanhados de cópia do cartão de cidadão (CC) do eleitor, como exige a lei.

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Como esses votos foram misturados com os votos válidos, a mesa da assembleia de apuramento geral acabou por anular os resultados de dezenas de mesas, incluindo votos válidos e inválidos, por ser impossível distingui-los uma vez na urna.
Nos últimos dias vários partidos apresentaram recurso da decisão de anulação de votos dos emigrantes ao Tribunal Constitucional: Volt Portugal (VP), Livre, PAN, Chega e o Movimento Alternativa Socialista (MAS).