Tribunal Constitucional em Coimbra "não pode ser contaminado" pelas autárquicas

Manuel Machado quer ver o TC na cidade dos estudantes, mas a pouco mais de uma semana das eleições pede cautelas.

O presidente da câmara de Coimbra admite que faz todo o sentido que o Tribunal Constitucional (TC) mude para a cidade, mas pede que o processo não seja feito à pressa. Em declarações aos jornalistas, Manuel Machado lembra que o período eleitoral exige cautelas.

O PSD anunciou, há um ano, a intenção de levar a votos no Parlamento a transferência da sede do TC e do Supremo Tribunal Administrativo para a cidade de Coimbra até 2022.

A proposta vai ser votada na sexta-feira, na Assembleia da República, e com a abstenção do PS, o projeto de lei vai seguir para a fase de especialidade.

Manuel Machado defende há muito a descentralização, com mudanças para Coimbra. O autarca e atual recandidato quer ver o TC na cidade dos estudantes, mas a pouco mais de uma semana das eleições, pede cautelas

"Teremos todo o gosto em receber na cidade o TC e outras entidades. A época e a ocasião em que que o diploma deu entrada na Assembleia, em campanha eleitoral, pode inquinar todo este processo.

O autarca pede que se ouçam todas as partes, e que não se queimem etapas: "O processo ainda está a tempo de seguir o rumo certo, ouvindo-se as entidades e conhecendo-se os pareceres".

Manuel Machado pede que a escolha "não seja contaminada por efeitos colaterais", referindo-se à campanha eleitoral.

De Lisboa para Coimbra? População desconhece proposta do PSD

Pelas ruas de Coimbra, pouco se ouve sobre as eleições autárquicas ou a possível mudança do TC para a cidade. O conimbricense Paulo Oliveira que não sabia da discussão, ouvido pela TSF, defende que a descentralização dos órgãos de soberania faz todo o sentido.

"Os órgãos soberanos não podem estar todos centrados na capital. Há muitos anos que se fala da regionalização, que defendia exatamente a descentralização de órgãos para outras cidades", lembra o bancário.

Também Maria Fernanda tem a mesma opinião, até porque "o país não é só Lisboa": "É preciso descentralizar o máximo para que não seja apenas Lisboa", A popular, que ainda não sabe em quem vai votar a 26 de setembro, defende que Coimbra "precisa dessa alavanca".

E uma mudança não é desprestígio para ninguém, garantem os populares, apesar de os juízes concluir que a transferência par Coimbra teria uma "carga simbólica negativa", "degradando a perceção pública da autoridade, autonomia e relevância do órgão".

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