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O líder do Chega, André Ventura, considerou esta segunda-feira que a Igreja Católica "falhou um pouco" na forma como atuou perante o caso dos abusos sexuais e afirma que "mesmo com os nomes não será muito difícil chegar a quem é que estamos a falar".
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"Conhecendo D. José Ornelas, que conheço, não creio que ele quisesse ser desrespeitoso para com as vítimas, acho que tem uma preocupação genuína nesse sentido. Acho é que a Igreja falhou um pouco ao não perceber que o tempo em que vivemos exige mais do que um relatório", disse André Ventura aos jornalistas na sede do partido.
Ouça as declarações de André Ventura.
"Tivemos um relatório que foi trabalhado durante meses, com nomes, com factos, nomes que tinham de ser protegidos, evidentemente, mas com dados que foram entregues. O que se esperava era um bocadinho mais do que simplesmente uma assunção de responsabilidades ou um pedido de desculpa e, não usaria o termo desrespeitoso, mas ficou-se aquém de onde se devia ter ido e poder-se-ia ter ido mais longe", explica André Ventura.
O Chega defende que a Igreja devia estudar uma forma de compensação para as vítimas que possa merecer consenso da comunidade católica e que deveria existir uma forma de suspensão preventiva dos alegados abusadores que estejam em funções.
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Outro tema abordado por André Ventura foi a habitação, na qual acusa o Governo de ter atitudes "pidescas", em alusão à polícia política do Estado Novo, ao pedir que as empresas de prestação de serviços para denunciarem as habitações desocupadas ou com pouca atividade.
"Esta é uma atividade e uma intenção pidesca, verdadeiramente. Colocar as empresas de prestação de serviços a denunciar casas que esteja vazias com pouca atividade é, ou está ao nível, das piores atividades pidescas que já tivemos em Portugal", disse o líder do Chega aos jornalistas na sede do partido.
Para André Ventura, isto "não se trata apenas de uma categorização de pidesco", já que o partido da extrema-direita "está forte e firmemente convencido da ilegalidade e da inconstitucionalidade destas medidas".
"Por isso mesmo, escrevemos à senhora provedora de Justiça e à Comissão Nacional de Proteção de Dados a pedir uma reação enérgica a esta intenção do Governo de colocar empresas que são prestadoras de serviços, que estão sujeitas a regras de proteção de dados", revelou.