- Comentar
André Ventura acusa o PSD de só ter apresentado uma proposta de revisão constitucional para "não ficar entalado entre o Chega e o PS", numa tentativa de "liderar o bloco à direita". O líder do Chega opõe-se a uma lei sanitária, mas a proposta passa com os votos do PS e PSD.
Relacionados
PSD defende conselho da Coesão Territorial na Constituição. PS critica
Mudanças na Constituição? PS contra mexidas no sistema eleitoral e no mandato do PR
Numa reunião da bancada do Chega, sobre o processo de revisão constitucional, Ventura criticou todas as propostas em cima da mesa, principalmente as da direita. O presidente do Chega afirma que a proposta do PSD muda "pouca coisa" e só serve para "marcar presença".

Leia também:
Revisão constitucional do PS: ensino pré-escolar obrigatório e confinamentos sem estado de emergência
"O PSD só veio para este debate para tentar liderar o bloco à direita, porque percebeu que ia ficar entalado entre o PS e o Chega. O PS veio a reboque e quis apresentar propostas, o Chega é o autor da proposta, e o PSD percebeu que não podia ficar de fora", notou.
André Ventura defende que as "algumas" propostas apresentadas pelo PSD "não fazem grande sentido", sem referir a que medidas se refere, embora acuse Luís Montenegro de "populismo" por propor a redução do número de deputados de 230 para 215.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
"A proposta do PSD é o símbolo da máxima: "É preciso mudar alguma coisa para que fique tudo na mesma"", criticou.
O líder do Chega garante ainda que o partido vai opor-se a mudanças nos direitos dos cidadãos, como a introdução de uma lei sanitária, já que o país "está a sair de uma pandemia, não a entrar". No entanto, alterações à Constituição avançam apenas com um acordo entre o PSD e o PS, já que são precisos votos favoráveis de 154 deputados.

Leia também:
Revisão constitucional. PSD quer reduzir idade mínima legal de voto para os 16 anos