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Dois dos membros do Conselho de Jurisdição do CDS puseram o lugar à disposição depois do imbróglio gerado por alegadas incompatibilidades de que foram acusados.
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A polémica surgiu na sequência do pedido apresentado por Nuno Melo de impugnação da reunião do Conselho Nacional que decidiu adiar o congresso do partido. Agora, João Monge Gouveia e Otília Gomes dizem não querer prolongar o "jogo do empurra" no partido, para que a democracia interna possa ser retomada.
Ouça aqui as declarações de João Monge Gouveia, que se demitiu do Conselho Nacional de Jurisdição do CDS.
"O dr. Nuno Melo intentou um processo ao Conselho Nacional de jurisdição, foram levantados impedimentos e incompatibilidades que não existem, mas o presidente do CNJ decidiu, a meu ver sem qualquer base legal, suspender o órgão do partido até que fosse esclarecido pela secretaria-geral se esses impedimentos existiram ou não", explica João Monge à TSF.
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"Existem provas documentais que indicam que tal incompatibilidade não existe", acrescenta.
Nuno Melo reage
Para o eurodeputado Nuno Melo e crítico da atual direção do CDS, este é um "caso torpe de de denegação de justiça". O antigo candidato à liderança centrista tece duras críticas ao presidente do Conselho Nacional de Jurisdição.
"Quando um presidente de um "tribunal" do partido mete um recurso na gaveta para evitar que a maioria dos "juizes" possam declarar ilegal o adiamento de um congresso por parte do presidente do partido que primeiro o quis, mas depois o receou perder, percebe-se um partido que bateu forte no fundo", lê-se numa declaração divulgada na página pessoal de Nuno Melo do Facebook.
"Devolver a democracia ao CDS é hoje um imperativo de quem queira salvar um património de serviço a Portugal com mais de 47 anos de vida, que foi sempre o exacto oposto do que agora se percebe", acrescentou.
"No momento certo lá estaremos a lutar pela legalidade e pela decência. Condutas assim só reforçam a nossa convicção e a nossa forte determinação", concluiu.
Notícia atualizada às 18h10