"Vim determinado a trazer algo de novo à política, para fugir ao arroz"

José Cardoso fez um discurso de prato cheio - de arroz - em que juntou críticas à luta interna no partido a uma admissão de que, feitas as contas, "as pessoas não votam em socialismo ou liberalismo, mas em quem lhes resolve os problemas".

O candidato à liderança da IL José Cardoso defendeu este sábado que os adversários Rui Rocha e Carla Castro representam mais do "mesmo arroz" dos partidos tradicionais, e disse ser o único com um projeto político novo.

Logo no arranque do discurso, lamentou que "tudo se tenha transformado em arroz, que tem piorado ao longo dos anos" e, nessa linha, apresentou-se "determinado a trazer algo de novo à política, para fugir ao arroz".

Depois de ter passado em revista "os ganhos políticos" que alcançou enquanto membro da IL, principalmente como conselheiro nacional, abordou o tipo de liderança que quer praticar, assinalando que "há dois": um que "suga tudo à volta" e outro que une os membros. Este último, avisou, é o que "temos de fazer".

Recuando na linha do tempo, assinalou que "48 horas depois" de Cotrim apresentar a sua saída apresentaram-se dois candidatos e "não tinha de ser assim".

Criou-se a ideia de que tínhamos de votar num mal menor", afirmou, referindo-se ao anúncio surpresa de João Cotrim Figueiredo em novembro de que não se recandidataria às eleições antecipadas a meio do seu mandato.

Nessa dimensão, criticou a campanha de críticas internas, que "mais parecia arroz de cabidela" e, para combater a monotonia gastronómica do "arroz e mais arroz", explica, apresentou-se "para que as pessoas tenham uma alternativa".

O candidato desvalorizou ainda o trabalho feito pelos seus adversários à liderança nos últimos anos no Conselho Nacional, com "duas ou três" intervenções e "zero propostas".

José Cardoso lamentou também que os portugueses "andem de crise em crise" e votem "no menos mau", admitindo que, no final do dia, "as pessoas não votam em socialismo ou liberalismo, mas em quem lhes resolve os problemas".

E, para isso, "falta construir um projeto sólido, com um presidente a tempo inteiro".

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