Em conferência de imprensa, na sede nacional do PSD, em Lisboa, Jorge Moreira da Silva defendeu que «esta questão é apenas da responsabilidade do PS», porque «ficou combinado que o PS apresentaria o nome de um juiz» para o Tribunal Constitucional e depois «veio-se a verificar que o nome apresentado», do ex-secretário de Estado Conde Rodrigues, «não é o de um juiz».
Segundo Jorge Moreira da Silva, «a bola está do lado do PS», a quem compete «rapidamente apresentar o nome de um juiz para esta lista do Tribunal Constitucional» conjunta com o PSD e o CDS-PP.
«O PSD está à espera que o PS apresente o nome de um juiz que não coloque nenhum tipo de dúvida, desde logo à presidente da Assembleia da República, como hoje aconteceu», completou.
Jorge Moreira da Silva considerou que, «a bem da credibilidade das instituições, seria importante que este assunto se resolvesse o mais rapidamente possível», acrescentando: «Temos confiança que isso venha a acontecer, a abertura do PSD é muito grande para que isso venha a acontecer, mas, como se diz na gíria futebolística, a bola está do lado do PS».
De acordo com o coordenador da Comissão Política do PSD, o «respeito pelo número indispensável de juízes na composição do Tribunal Constitucional» era um «pressuposto essencial» do acordo entre os sociais-democratas, o PS e o CDS-PP.
Jorge Moreira da Silva ressalvou que o PSD não tem «nada contra o doutor Conde Rodrigues», insistindo que está em causa «um problema de princípio», porque «estava combinado apresentar o nome de um juiz e afinal foi apresentado um nome de alguém que eventualmente terá sido juiz, mas que neste momento não é juiz», por se encontrar em situação de licença sem vencimento de longa duração.