PSD vai chamar Paulo Machado ao Parlamento

O PSD fez saber que vai chamar ao Parlamento o antigo director-geral da Administração Interna, que, em declarações à TSF, acusou a secretária de Estado de não dizer a verdade.

Depois de a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, ter garantido que a equipa política do Ministério só soube no dia das eleições que não tinham sido cumpridas as ordens para notificar os cidadãos cujo número de eleitor foi alterado, Paulo Machado disse que esta versão não corresponde à verdade.

Perante esta situação, Fernando Negrão afirmou que se já havia motivos para pedir a demissão do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, agora esse pedido é reforçado.

«A confirmar-se efectivamente que este desmentido é verdadeiro, estamos perante um facto da maior gravidade que deve ser apurado até às últimas consequências» no Parlamento, defendeu.

Ao ouvir as declarações de Paulo Machado, Helena Pinto, do BE, manifestou-se «completamente estupefacta».

«A questão é quem é que está a mentir agora», sendo «necessário ir mais longe no assumir das responsabilidades», já que o ministro «recusa aceitar retirar consequências em relação a si próprio sobre esta matéria», disse.

O BE fica a aguardar que Rui Pereira «retire as conclusões devidas e esclareça o que se passou», acrescentou, frisando que este é mais um «episódio que evidencia a decadência deste Governo».

O Bloco de Esquerda vai analisar a intenção do PSD de chamar Paulo Machado à Assembleia da República.

Entretanto, Nuno Magalhães, do CDS-PP, defendeu que «o mínimo dos mínimos» que o Parlamento pode fazer por respeito pelos cidadãos é ouvir Paulo Machado, «facto que o CDS já requereu enquanto director-geral» e que agora volta a defender.

O democrata-cristão entende que o melhor que Rui Pereira faria era demitir-se, até porque já teve muitos motivos para tal.

Também o PCP defende a audição de Paulo Machado. Para António Filipe, «numa questão desta responsabilidade», o antigo director-geral da Administração Interna «não ia assumir a recusa do cumprimento de ordens».

Esta é «mais uma trapalhada do Ministério da Administração Interna», que está a «pretender, de uma forma insólita e patética, fugir às suas responsabilidades perante o país», acrescentou o comunista.

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