O PSD exige a baixa de salários do novo Conselho de Administração da RTP e exige também ouvir explicações públicas por parte do Conselho Geral Independente, órgão criado por Poiares Maduro.
O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, posicionou-se ao lado da Comissão de Trabalhadores da RTP e criticou os ordenados da nova administração, que rondam os 10 mil euros mensais.
Em declarações ao jornal eletrónico Observador, Marco António Costa diz que espera que venha «a imperar o bom senso» e que «o Conselho de Administração possa dar o exemplo», em período de contenção para todos.
Num comunicado emitido este sábado, a comissão de trabalhadores da RTP exigiu a reposição de todos os cortes salariais, depois da «exceção salarial» para o novo presidente do Conselho de Administração da televisão pública.
«Entende a CT que, querendo certamente o Conselho de Administração ser um bom exemplo, chegou o momento em que os trabalhadores da RTP têm o direito de exigir, no mínimo, a reposição de todos os cortes salariais», refere a comissão de trabalhadores (CT) da televisão pública, em comunicado.
Segundo um diploma publicado no Diário da República, o novo presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis, que já foi deputado do PSD, vai ganhar 10.000 euros por mês, um valor superior ao do seu antecessor no cargo, Alberto da Ponte.
O despacho autoriza Gonçalo Reis e o vogal da administração, Nuno Artur Silva, a optarem pela remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem, um regime previsto no Estatuto do Gestor Público (o que levará Nuno Artur Silva, ex-Produções Fictícias, a receber 7.390,29 euros, sem despesas de representação), escreve o Observador.
Também os sindicatos dos funcionários da RTP criticaram, na sexta-feira, a «exceção salarial» para o novo presidente do CA da televisão pública e pediram «moral, bom senso e competência».