O Observatório dos Sistemas de Saúde critica o facto de ainda não ter sido feito uma avaliação do impacto das medidas de austeridade no setor.
No seu Relatório da Primavera, a que a TSF teve acesso, este observatório admite que esta avaliação não tenha sido realizada quando foi acionado o memorando com a troika por causa do «momento de grande pressão de então».
Contudo, «seis meses a um ano depois dessas medidas terem sido tomadas» não se percebe porque essa avaliação ainda não foi feita, adianta o observatório.
Esta instituição lembra que o memorando ignora a chamada cláusula social, que implica que a adoção de qualquer outra política deve ter em consideração os impactos que se vão fazer sentir sobre a saúde.
Este documento chama ainda à atenção para a ausência de uma política que enquadre as medidas de contenção de gastos e que minimize os efeitos negativos desses cortes.
Apesar disto, o Observatório dos Sistemas de Saúde admite que assegurar dinheiro em 2012 para pagar cerca de metade da dívida acumulada no setor foi um êxito assinalável para o Ministério da Saúde.
Este observatório considera também positiva a ação do ministro Paulo Macedo, que executou bem e com resultados palpáveis grande parte dos medidas que estão no memorando.