Associação não acredita em números absolutos de mortes nas estradas portuguesas

O presidente da Associação dos Cidadãos Auto-mobilizados não acredita nos números absolutos de mortes nas estradas em Portugal. Já o presidente da Associação de Profissionais da Guarda explicou que a redução de mortes é resultado da aposta na prevenção.

O presidente da Associação dos Cidadãos Auto-mobilizados não acredita nos números absolutos de mrtes nas estradas para Portugal revelados pela União Europeia.

Ouvido pela TSF, Manuel João Ramos assinalou que Portugal continua a não contabilizar os números dos que morrem devido a acidentes nas estradas mas apenas nos hospitais.

«Os números com que a Comissão Europeia, com que as instituições europeias trabalham são profundamente falseados pelos dados que são enviados pelo Estado português», referiu.

Sobre a redução para cerca de metade do número de mortes nas estradas portuguesas, o presidente da ACA-M disse que os serviços do INEM no local dos acidentes têm contribuído para esta melhoria.

«Os 20 primeiros minutos depois de um desastre rodoviário são fundamentais para estabilizar uma vítima. Nos últimos anos tem-se conseguido uma melhoria substancial em termos de estabilização da vítima», explicou.

Para Manuel João Ramos, esta melhoria dos serviços do INEM não significa que o acidentado não venha posteriormente a morrer.

«Significa apenas que em termos de contabilidade estatística essa vítima deixa de ser considerada uma vítima de acidente rodoviário em Portugal», frisou.

Por seu lado, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda não ficou surpreendido com estes dados europeus e que este resultados tem a ver com a aposta da prevenção e menos numa política repressiva.

«O complemento da prevenção, da vigia junto dos condutores é bem mais eficaz que a mera repressão, caça à multa ou algo que se possa comparar com isso, porque os números das mortes na estrada diminuíram para muito próximo de metade», assinalou José Manageiro.

Também em declarações à TSF, este responsável da APG recordou que esta diminuição das mortes na estrada tem acontecido a par da «diminuição significativa do número de coimas produzidas no âmbito da fiscalização rodoviária».

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