Uma fonte da Direcção Nacional da PSP adiantou à agência Lusa que a progressão profissional foi suspensa em 2008 porque foi «necessário fazer a análise jurídica de todos os diplomas legais entretanto aprovados» envolvendo a matéria.
«Foi feita uma análise jurídica do assunto por parte do Ministério da Administração Interna e da PSP e concluiu-se que era possível desbloquear a progressão profissional», disse a mesma fonte, adiantando que a situação de quem este ano tinha direito a progredir estará resolvida «até ao final do ano».
Segundo a Direcção Nacional da PSP, os diplomas legais como as Leis de Segurança Interna ou de Investigação Criminal e a iminência da entrada em vigor do novo estatuto profissional «tiveram influência na mudança de escalão e vieram lançar alguma confusão na progressão».
A Direcção Nacional da PSP ainda está a fazer o levantamento do número de profissionais que serão abrangidos pela progressão, desconhecendo quantos serão abrangidos.
Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), disse que a decisão da Direcção Nacional da PSP é o resultado directo da pressão feita pela associação que lidera e não tem qualquer ligação com os dias da campanha eleitoral.
Trata-se de uma questão «ilegal» que foi resolvida nesta altura, «mas não penso que seja por causa do período em que estamos», disse, frisando que se não fosse resolvida agora, a ASPP iria recorrer aos tribunais.
