A Polícia Judiciária recebeu nos primeiros cinco meses de 2009 400 participações de desaparecimentos de adolescentes entre os 12 e os 18 anos, menos 126 que em todo o ano de 2008, estando 33 destes casos ainda por resolver.
Após terem sido conhecidas as notas da escolas, a PJ recebeu 16 participações de desaparecimento apenas na última semana, uma situação que o director da Unidade de Investigação Criminal das Polícia Judiciária diz que normalmente acontece.
Em entrevista à agência Lusa, Ramos Caniço diz que há sempre por esta altura do ano um número elevado de desaparecimentos e que estas situações são um fenómeno sazonal bem conhecidos da polícia.
Para além das más notas, que geralmente originam desaparecimentos na ordem dos um a dois dias, até que os jovens ganhem coragem para falar aos pais sobre as suas notas, os namoros de Verão são outras das coisas mais frequentes para estes desaparecimentos.
«Os adolescentes são quem nos dá mais trabalho embora sejam casos que geralmente acabam por se resolver por si», acrescentou este responsável que diz que a directoria de Lisboa tem uma taxa de cem por cento na resolução dos desaparecimentos.
Ramos Caniço adiantou ainda que não se encontra em investigação nenhum caso de desaparecimento relacionado com redes sociais da Internet, muito embora tenha aconselhado os pais a estarem atentos à utilização da Internet por parte dos seus filhos.
Em 2008, desapareceram 148 crianças com menos de 12 anos, 80 das quais em Lisboa e outras 40 no Porto, um número superior aos adolescentes que desaparecem todos os anos.
